23 setembro, 2011

Interceda pelos Cristãos palestinos


PALESTINA (44º) - Amanhã (23/09), o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) o reconhecimento do Estado Palestino como membro da organização internacional. Os palestinos esperam obter o apoio de mais de 150 países dos 192 membros da ONU. Essa questão causa grande tensão e preocupação entre nossos irmãos e irmãs em Cristo, tanto nos territórios palestinos quanto israelenses.

Nos últimos anos, vários esforços têm sido feitos para promover a reconciliação entre judeus messiânicos (aqueles que creem que Jesus Cristo é o filho de Deus) e cristãos palestinos. A decisão do dia 23 de setembro provavelmente alcançará os dois grupos. Por isso, é necessário que a Igreja Brasileira permaneça ao lado de nossos irmãos que vivem na Terra Santa e orem em favor deles.

Clique aqui e leia o artigo Disputa da Terra Santa.

Oremos por:

- para que não aconteçam atos violentos como resultado da decisão da ONU, seja ela qual for;

- que a união frágil entre alguns grupos de judeus messiânicos e cristãos palestinos não seja quebrada por causa de questões políticas;

- para a continuidade no processo de reconciliação entre o Corpo de Cristo naquela terra;

- para que os cristãos sejam exemplo de pacificadores entre judeus e palestinos;

- para que o Senhor use todas as coisas de acordo com Sua vontade.


Fonte: Portas Abertas

Evangélicos são ameaçados de morte por autoridades locais



MÉXICO (*) - Pelo menos 70 cristãos evangélicos da região centro-leste do México foram expulsos pelas autoridades locais do local onde moram, região na qual moram muitos católicos tradicionais que, supostamente, ameaçaram crucificá-los e linchá-los.

Inicialmente, cerca de 50 famílias de cristãos protestantes foram obrigadas a deixar a vila em 12 de setembro, mas alguns foram autorizados a permanecer, sob a condição de fazer seus cultos fora da aldeia. Além disso, não podem evangelizar os católicos tradicionais da região, os quais praticam uma mistura de rituais indígenas e católicos.

O governo de Puebla se curvou diante da pressão e das exigências dos católicos tradicionais da aldeia de San Rafael Tlanalapan, a cerca de 100 quilômetros da capital, conforme informou o jornal La Jornada de Oriente.

Testemunhas disseram ter visto diversos evangélicos, incluindo um pastor, fazendo suas malas e ajuntando rapidamente seus pertences para partir. Segundo informações, isso aconteceu porque os católicos tradicionais da região disseram que iam “crucificá-los ou linchá-los”, caso eles não fossem embora após a determinação feita no dia 12 de setembro.

O prefeito da região colaborou com as expulsões dos cristãos, receoso de perder seu cargo, após a pressão dos católicos. A católica Irma Diaz Perez informou a decisão tomada: “Eles nunca mais vão voltar, pois nós temos leis contra eles e eles não têm permissão para ficar aqui”.

A perseguição contra os evangélicos no México não é atual. Em um caso, cristãos evangélicos foram proibidos de ter acesso a água. Alguns funcionários também relataram ataques contra famílias evangélicas em anos anteriores.

Tudo isso ocorre porque o México é um país tradicionalmente católico. Dessa forma, muitos evangélicos são detidos por crimes que não cometeram.


Fonte: Compass Direct

21 setembro, 2011

Cristãos são "caçados" em meio a crise alimentar



SOMÁLIA (5º) - A violenta perseguição contra os cristãos continua na Somália e um grupo que cuida e protege o direito dos cristãos acredita que os extremistas islâmicos são os principais culpados pelo crescente assédio que os cristãos têm sofrido.

O último incidente ocorreu na cidade de Hudur, onde Jonathan Racho, da Internacional Christian Racho (ICC), relata que os radicais islâmicos sequestraram um cristão e depois o decapitaram. Alguns dias depois do sequestro, acharam o corpo do sequestrado.

Racho acredita que os extremistas islâmicos do Al-Shabaab, que tem laços com a Al Qaeda, são responsáveis pelo assassinato. “Mas essa não é a primeira vez que os extremistas fizeram algo assim”, diz ele.

“Os membros do grupo radical islâmico al-Shabbab mostraram, de forma nítida, que têm intenções muito claras de abolir o cristianismo no país”, observa Racho. Juma Nuradin Kamil é o último mártir de Cristo no país, em que o grupo extremista tem absoluto controle.

“Eles foram à caça dos cristãos no país”, disseram com grande lamento algumas fontes da Somália. “E onde quer que eles encontrem os cristãos, irão persegui-los e atacá-los. Então, é muito difícil, para os cristãos, adorar livremente a Deus na Somália.”

Racho está convocando todos os cristãos de todo o mundo para que orem pelos seus irmãos que moram na Somália: para que continuem firmes em sua fé e possam sair vitoriosos, após todas essas situações difíceis.




Fonte: Persecution

Igreja cresce em meio a perseguição e comunismo



CHINA (16º) - No começo, a repressão contra os cristãos na China causou uma grande onda de conversão em massa. Agora, a BBC especula que uma epidemia do capitalismo dentro do país pode transformar o povo de Deus.

Muitos dos cristãos da China são jovens que estão construindo suas carreiras, achando que o mundo corporativo pode ser frio e cruel. Um jovem chinês disse que sua igreja tem sido uma alternativa positiva, pois onde trabalha há muita falta de sinceridade.

“Temos 50 jovens profissionais nesta igreja. Todos estão ocupados demais trabalhando e não têm tempo para socializar, e aí, mesmo se você se socializar, será algo que você não é”, disse uma fonte.

“Mas, nas igrejas, as pessoas se sentem aquecidas, se sentem bem acolhidas. Sentem-se realmente amadas, fortalecendo seus vínculos com a comunidade cristã, o que atrai ainda mais pessoas.”

As estatísticas do governo dizem que há cerca de 25 milhões de cristãos na China, sendo 18 milhões de protestantes e seis milhões de católicos. No entanto, as organizações independentes indicam que existem muito mais cristãos, chegando perto de 60 milhões.

Devido ao aumento do cristianismo que tem ocorrido dentro da China, o governo ainda controla fortemente os cultos dentro do país. Igrejas registradas pelo governo só podem ter reuniões dentro de casas, e as igrejas devem aderir ao slogan “ame o país, ame sua religião.”

Mas os cristãos chineses, na verdade, não podem expressar livremente suas crenças e aquilo em que acreditam.





Fonte:   Christian Post

14 setembro, 2011

Aiatolá convida líderes cristãos para debate


IRÃ (2º) - Após todas as advertências e as preocupações dos funcionários do governo iraniano quanto ao crescimento progressivo do cristianismo no país, especialmente nas igrejas domésticas do Irã, o aiatolá Sobhani convidou os líderes para um debate.

Segundo a agência iraniana Mohabat Christian News, a agência oficial de notícias, ISNA, informou que o aiatolá Sobhani comentou recentemente, em uma de suas aulas de interpretação do Alcorão, no Seminário Hojatieh de Qom: “Se os cristãos estão prontos, também estamos prontos para conversar com eles.”

O aiatolá Sobhani é uma das principais fontes de orientação e referência, o mesmo que recentemente alertou sobre o rápido crescimento do cristianismo entre os jovens iranianos e disse que 600 pessoas na cidade de Neishaboor se converteram também.

Sobhani não mencionou como nem onde esses debates iriam ocorrer e quais grupos de cristãos poderiam participar. O líder xiita afirmou que os cristãos têm escrito livros sobre Imam Ali, primeiro líder dos xiitas. No entanto, ele não mencionou qualquer nome de livro e não disse onde esses livros estavam sendo publicados.

Antes disso, em março de 2011, o site “Alef”, afiliado ao governo islâmico, havia publicado um artigo, dizendo que um iraniano – que mora no Canadá e alega ser professor na Universidade de Caleton – convidou cristãos iranianos para um debate na televisão estatal do Irã. Ele disse que essa proposta foi uma maneira de lidar com o crescimento do cristianismo no Irã.

Nesse artigo, esse professor teria usado palavras negativas para descrever o crescimento do cristianismo, como “sedição” e “calamidade”. Algumas soluções foram propostas por ele, como convidar os líderes cristãos para discutir a legitimidade do cristianismo. O professor iraniano no Canadá também afirmou que o governo islâmico do país pode se livrar do cristianismo em uma semana, se quiser.


Fonte: Mohabatnews

Cristãos são obrigados a compartilhar o evangelho secretamente


VIETNÃ (18º) 
- O governo vietnamita mantém o discurso de que permite a liberdade religiosa, mas os pastores e outros cristãos são rotineiramente interrogados pela polícia de segurança, para testemunharem sobre as atividades cristãs.

Falando na Conferência Bienal da Comunidade dos Vietnamitas Menonitas, que ocorreu nos dias 12 a 14 de agosto, Bui Thanh Nhan, pastor da Igreja Evangélica My Tho do Vietnã, falou sobre os desafios que a igreja vietnamita enfrenta.

O Pastor Nhan teve uma estreita associação com os menonitas, pois trabalhou na Clínica Evangélica em Pleiku, criada em 1963 pelo Comitê Central Menonita em cooperação com a igreja evangélica.

A igreja aprendeu a viver em família e todos os eventos que havia na comunidade eram usados para evangelizar, incluindo festas de aniversários, casamentos, festas de ano novo, festas infantis e até funerais.

Nhan disse que os membros da Igreja Evangélica agradecem a Deus pelo alimento e, quando um grupo da igreja vem visitar a comunidade ou a família, sempre participa de alguma refeição e o pastor é convidado, para orar com eles.

Em seguida, um membro do grupo menonita diz: “Vocês podem orar, pastor, mas antes queria saber sobre o significado do nascimento e da morte de Jesus”, pois eles vêm de uma cultura em que veneram ancestrais.

O pastor, então, pede para falar por cinco minutos, antes de liderar a oração da refeição. “Devemos ser prudentes como as serpentes e simples como as pombas”, diz Nhan.

Existem agora 90 congregações menonitas registradas, com mais de 6 mil membros, e várias congregações têm construído seus próprios templos. A Igreja Menonita do Vietnã tem 78 congregações registradas, que possuem 6.700 membros. Ambos os grupos têm programas de treinamento para líderes de igreja e evangelistas.



Fonte: Persecution

Cristãos convertidos são atacados e espancados



ÍNDIA (32º) - Traz uma grande preocupação ver como os cristãos são regularmente atacados na cidade de Karnataka por nacionalistas hindus, enquanto as autoridades “fazem ‘vista grossa’, porque a sua sobrevivência política depende desses grupos”, denuncia Sajan Geroge, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC).

 


Bhasker Naik, 20 anos, e Hemanth Naik, 22, que moram na aldeia de Mank, trabalharam por mais de um ano na cidade de Udupi, empregados de uma empresa privada do país.

Cerca de seis meses atrás, os meninos começaram a seguir os sermões do pastor Sadananda, da Igreja da Comunhão com Cristo, em Hiberettu, e se converteram ao cristianismo. Em 7 de setembro os dois voltaram para sua aldeia, mas alguns ativistas do Bajrang Dal (grupo hindu ultranacionalista) souberam das conversões e começaram a agredi-los, ordenando-lhes que voltassem ao hinduísmo.

Confrontados com a recusa de Bhaskar e Hamenth em negar a Cristo, os ativistas hindus relataram à delegacia de polícia de Honnavar que eles estavam realizando conversões forçadas. O inspetor de polícia conduziu uma investigação e prendeu os dois, que ainda permanecem na prisão.

“Desde maio de 2008, quando o BJP  chegou ao poder em Karnataka, a liberdade de culto na região para a comunidade cristã está sob ameaça, mesmo quando se trata de casas particulares”, disse Sajan George.

“Nossos locais de culto estão sob controle constante de forças fundamentalistas, que sistematicamente não deixam os fiéis orarem nem realizarem cultos, agredindo pastores e membros. Enquanto isso, a polícia está cada vez mais disponível para acusar e prender os cristãos.”
Fonte: Mohabatnews

12 setembro, 2011

Pastor perde seu ministério por não pagar propinas





MIANMAR (27º) - O pastor Chin, enviado como missionário cristão a Kyaukhtu, em Magway, há quase três anos, foi obrigado, pelas autoridades locais, a interromper seu trabalho e deixar a cidade, no dia 20 de agosto de 2011.

O missionário cristão Chin, que não teve seu verdadeiro nome revelado, foi forçado a regressar à sua terra natal, ao ser acusado de não participar do chamado “trabalho voluntário” e de não pagar propina às autoridades.

Em Mianmar, as minorias religiosas, incluindo cristãos e muçulmanos, têm sido forçadas a pagar propinas, alimentos e materiais para manter os templos budistas e servir aos militares, de acordo com o relatório anual de 2011 da USCIRF (Estados Unidos da Comissão Religiosa Internacional de Liberdade).

Um dos líderes cristãos de Mianmar disse que o pastor expulso e sua família ficaram em um quarto, na missão em que trabalhavam. Eles foram expulsos do bloco Kungpho, depois que as autoridades cobraram as propinas e, como punição por eles não pagarem, cortaram-lhes a eletricidade e a água.

“As autoridades advertiram que medidas adicionais poderiam ser tomadas; caso eles não obedecessem, emitiriam uma ordem proibindo os filhos do pastor de estudar na escola”, acrescentou um morador local que pediu para não ser identificado.

Não tendo outras opções, o pastor, com sua família, que viveu na região por cerca de 2 anos, sendo muito conhecido, deixou a cidade e foi para uma cidade mais próxima do sul do país.

Falando por telefone no último sábado, o pastor disse: “Eu estou preocupado, e preocupado com os membros da igreja; quero realmente voltar, o mais rápido possível. Por favor, orem por mim, para que a porta seja aberta para continuar o meu trabalho com os membros da igreja e para que eu seja fiel e forte neste momento tão difícil.”


Tradução: Portas Abertas

Fonte: Persecution

A Igreja Perseguida em Mianmar


Mianmar, antiga Birmânia, é conhecido como a "terra dos templos" e está localizado às margens do Golfo de Bengala e do Mar de Andaman, entre Bangladesh e a Tailândia. Seu território apresenta densas florestas e é caracterizado por uma região central de terras baixas, cercadas por um anel de montanhas íngremes e elevadas.

População 

Há uma alta taxa de mortalidade no país devido à AIDS. A doença diminuiu a expectativa de vida para 63 anos e elevou a taxa de mortalidade infantil. A taxa de crescimento demográfico também é afetada pelo vírus, sendo a segunda mais baixa da região.

A maioria dos birmaneses é adepta do budismo, que entrou no país durante os primeiros séculos da era cristã e tem sido a religião dominante desde o século IX. Ele exerce enorme influência sobre a nação.

Os muçulmanos se encontram na região do Arakan, próxima à fronteira com Bangladesh no extremo sudoeste do país. Crenças tradicionais são praticadas por minorias étnicas e influenciam a prática do budismo.

História e governo 

Os birmaneses descendem de tribos mongóis que chegaram à região no século VII. O Estado foi unificado em 1054, com a fundação da dinastia Pagan pelo rei Anawrahta. Durante essa dinastia, inúmeros templos budistas foram construídos.

As primeiras guerras anglo-birmanesas ocorreram em 1824 e 1853. Em 1885, a Grã-Bretanha venceu a terceira guerra anglo-birmanesa e assumiu totalmente o controle do país.

Já no século XX, com o início da II Guerra Mundial, os birmaneses chegaram a auxiliar o Japão em uma tentativa de expulsar os colonizadores ingleses. Finalmente, em 1947, o país obtém sua independência e torna-se uma união federativa de sete distritos e sete Estados minoritários.

Em 1962, o Partido do Programa Socialista da Birmânia (PPSB) assumiu o poder e instaurou o socialismo. Decisões do governo deterioraram a situação econômica, e as mudanças de chefe de Estado, nomeadas pelo PPSB deixaram a população extremamente insatisfeita.

Foram marcadas eleições para 1990, e o PPSB foi derrotado por 80%. O governo, entretanto, ignorou o resultado, proibiu as atividades da oposição, prendeu e exilou os oponentes e reprimiu as manifestações do povo.

Ainda hoje há oponentes presos. A mais famosa é Aung San Suu Kyi, líder da oposição Liga Nacional Pró-Democracia. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991. Sua popularidade impede o governo de executá-la, mas ele a mantém incomunicável em sua prisão domiciliar.

Depois que a junta militar aumentou o preço dos combustíveis em agosto de 2007, milhares de birmaneses marcharam em protesto, liderados por pró-democratas e monges budistas.

No final de setembro de 2007, o governo massacrou os manifestantes, assassinando 13 pessoas e detendo milhares por participar dos protestos. Desde então, o regime vem invadindo casas e mosteiros, e detendo suspeitos de atividades pró-democráticas.

Economia

Embora seja rico em recursos naturais, o país sofre com a má administração do governo, com políticas econômicas ineficientes, e com a pobreza rural. Entre 25-36% da população esta abaixo da linha nacional de pobreza.

Grande parte da população está envolvida em atividades ilícitas. Mianmar é o segundo maior produtor de ópio - droga utilizada na fabricação de heroína -, e há sérios problemas no país relacionados ao uso de drogas e à prostituição.

O país também trafica homens, mulheres, e crianças para exploração sexual, serviço doméstico ou trabalhos forçados no Leste e no Sudeste asiático.

Ciclone 

Em maio de 2008, o ciclone Nargis atingiu Mianmar, deixando 134 mil mortos aproximadamente.

No princípio, o governo recusou e proibiu a entrada de agentes humanitários. Mas, depois, deu permissão a poucos grupos.




O cristianismo chegou ao território birmanês no século X, levado por discípulos de Nestório. Mais tarde, chegaram o catolicismo romano no século XVI e o protestantismo em 1813. As reações ao cristianismo têm variado grandemente, mas o país continua sendo uma importante base para o ministério cristão na Ásia.

A Igreja se divide em três grandes grupos: batistas, católicos romanos e anglicanos. Além desses, há outras pequenas denominações protestantes.


A perseguição

O governo ainda interfere nas reuniões e atividades de praticamente todas as organizações, inclusive as religiosas. Ele faz isso de maneira explícita e implícita.

O governo impede clérigos budistas de promoverem os direitos humanos e a liberdade política. Mas, ao mesmo tempo, promove o budismo theravada sobre as outras religiões, em particular entre as minorias étnicas.

As autoridades também desestimulam, e até proíbem, a construção de templos entre as religiões menores. Em alguns casos, funcionários do governo destroem os templos construídos sem autorização. Também é necessário solicitar a permissão do governo para reformar e fazer melhorias nos templos já existentes.

Os cristãos das áreas rurais são perseguidos com frequência pelos governantes, que se alinham com poderosos grupos budistas e tentam utilizar a religião como forma de controlar a população local.

No dia 11 de março de 1998, logo após a meia noite, Sheh Wah Paw, uma jovem de 17 anos, estava orando com sua irmã, Thweh Ghay Say Paw, de 15 anos. Nas proximidades, soldados queimavam cabanas feitas de bambu na região fronteiriça com a Tailândia. Muitos da etnia karen estavam desabrigados e Sheh Wah Paw agradecia a Deus pela cabana de bambu que as abrigava. Próxima daquela cabana rudimentar estava localizada a igreja batista que a família de Sheh frequentava regularmente. Aquela cabana, considerada uma bênção pela família Paw, estava para ser colocada à prova naquele momento.

Kyaw Zwa, o patriarca da família, havia construído um abrigo provisório de concreto embaixo da cabana como esconderijo. Receando que sua casa pudesse ser destruída, ele refugiou-se com sua família naquele local, buscando proteção. No entanto, pouco tempo depois a cabana estava em chamas e o calor era tão intenso que o interior do abrigo parecia um verdadeiro forno. As chamas se espalharam pelo esconderijo e as roupas das pessoas que estavam ali começaram a pegar fogo. Finalmente, as garotas saíram correndo e gritando do abrigo. Infelizmente, duas semanas depois, as duas filhas de Kyaw Zwa faleceram em consequência das queimaduras.

Um líder da região afirmou que aquela não era uma guerra entre cristãos e budistas, mas entre os karenes e os birmaneses, e que estavam usando a religião apenas como pretexto para dividir as duas etnias. Por isso, não é de se estranhar que a igreja batista tenha sido um dos primeiros locais a ser queimado, enquanto o mosteiro budista e os lares ao seu redor permaneceram intocados.

Kyaw Zwa, entristecido pela perda de suas filhas, disse que os birmaneses odiavam os karenes, e que odiavam os karenes cristãos mais ainda. Por algum tempo ele questionou porque as orações de suas filhas aparentemente não tiveram resposta, mas depois seu coração encontrou a paz. Kyaw Zwa então afirmou o seguinte: "Eu sei que Deus me ajudou e que permitiu a morte de minhas filhas. Elas se foram, mas estão livres".


Motivos de oração

1. A Igreja tem crescido rapidamente. Ore para que esse crescimento persista e para que os líderes da Igreja birmanesa desenvolvam métodos eficientes para treinar os novos convertidos e comissioná-los como evangelistas.

2. A Igreja enfrenta ataques de budistas que procuram restringir a atividade cristã. Peça em oração que os cristãos encontrem meios eficazes de responder a esses ataques e que consigam ganhar o respeito dos líderes governamentais e servir ao país.

3. A Igreja birmanesa tem exercido um impacto considerável em todo o continente asiático. Louve a Deus pelo alcance dos ministérios dirigidos por grupos baseados em Mianmar. Ore para que esses trabalhos continuem a exercer impacto e influência em toda a região.

4. A Igreja e o país inteiro sofrem com o problema das drogas. Interceda em oração pelo fim do narcotráfico que domina grande parte da economia birmanesa. Ore também para que os cristãos encontrem métodos viáveis de oposição ao comércio de drogas e forneçam alternativas econômicas ao povo birmanês. 



Fontes

2008 Report on International Religious Freedom

BBC Country profile

- Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. São Paulo. Publifolha: 1999

- Portas Abertas Internacional

The World Factbook 

10 setembro, 2011

Cristãos vivem à sombra do medo em Zanzibar


Medo
Em Zanzibar, os cristãos vivem em um clima de medo. É o país onde um jovem cristão fugiu da ilha para escapar das ameaças que sofria de sua família muçulmana, e também de um cristão, que acidentalmente queimou o Alcorão e foi preso, para não ser morto pela fúria da população.

Yusuf Abdalla, 23 anos, fugiu para Moshi, na Tanzânia continental, depois que sua família ameaçou matá-lo, em junho. Ele se converteu ao cristianismo em outubro de 2010, após ouvir sobre o evangelho no rádio. Então se matriculou em uma escola profissional em Zanzibar para aprender a costurar, quando sua família descobriu que ele deixou o Islã.
Yusuf foi espancado pelos membros de sua família. Esse ataque o deixou com muitos ferimentos na cabeça, na mão e no tronco, além de uma ferida grave na boca. Ele também perdeu muito sangue nessa ocasião, conforme relatou um pastor da região, que pediu anonimato.

“A família dele levou a máquina de costura que ele tinha comprado e disse que não ajudaria na formação dele”, disse o pastor. Após se recuperar, Abdalla se refugiou na casa do pastor. Depois de dois meses morando ali, alguém avisou a família de Abdalla que ele estava na casa do pastor e eles ameaçaram matar Abdalla. A igreja conseguiu organizar a fuga dele.
Outro que se converteu ao cristianismo foi Juma Suleiman, da ilha de Pemba. Ele também está enfrentando ameaças de morte. Suleiman se tornou cristão há apenas dois meses, quando o pastor Yohana Mfundo pregou para ele, enquanto estava na prisão.
Suleiman foi libertado há pouco mais de duas semanas da prisão e os membros da sua família já o estavam ameaçando de morte, por ele ter aceitado a Jesus. Ele está agora escondido no país e tem planos de fugir da ilha.

Em Zanzibar, a maioria muçulmana oprime as minorias religiosas de maneiras sutis. As escolas ensinam somente estudos islâmicos e não cristãos. E qualquer estudante que afirmar que Jesus é o Senhor e único Salvador não receberá suas notas e será reprovado, disseram os pastores do país.

Tradução: Lucas Gregório

Fonte: Compass Direct

Mudança de governo da Líbia pode favorecer cristãos

Muammar Kadhafi

Agora que os rebeldes atacaram Trípoli, existem crescentes rumores que sugerem que o líder líbio, coronel Muammar Kadhafi, poderia estar planejando sua fuga para a Venezuela ou Cuba. Nesse meio tempo, a União Europeia pediu a Kadhafi que renuncie a seu cargo presidencial.
Para Todd Nettleton, da Voz dos Mártires, a mudança de molde pode favorecer aqueles que procuram por liberdade, especialmente os cristãos. A Líbia está em 25º lugar na classificação de perseguição mundial da Portas Abertas.
“A situação melhorou desde que ocorreram casos de perseguição contra muçulmanos que se converteram ao cristianismo. Existem algumas igrejas na cidade de Trípoli que foram autorizadas a ficar abertas e realizar cultos, mas elas são tratadas como cultura de estrangeiros.”
A Líbia adere à lei islâmica, então todos os cidadãos são muçulmanos sunitas “por definição”. A conversão ao cristianismo é proibida e existem poucos cristãos líbios no país. Nettleton explica: “Haverá perseguição sempre que um muçulmano trocar sua fé e começar a acreditar em Jesus. Essas são as pessoas que enfrentam a perseguição pesada.”
Nettleton diz também que “ainda há muitas dúvidas neste momento e precisamos orar para que os cristãos sejam protegidos, pois as pessoas que irão assumir os papéis de autoridade podem reconhecer ou não os direitos dos grupos minoritários.”
Atualmente, a maioria dos cristãos líbios é forçada a se reunir com outros cristãos e seguir a Jesus em segredo. As pequenas comunidades cristãs existentes são, na grande maioria, formadas por migrantes e trabalhadores estrangeiros.
Com o rigoroso controle de Kadhafi sobre o país, o evangelismo tem sido difícil e toda a literatura cristã que entrou no país foi por contrabando. Nettleton indica que “é muito cedo ainda, mas os cristãos podem orar para que ocorram mudanças nas leis líbias e para que os trabalhos e literaturas cristãs possam entrar livremente no país.”

Tradução: Portas Abertas
Fonte: Persecuti

08 setembro, 2011

Ativistas pedem que cristãos sejam protegidos pelas autoridades


NIGÉRIA (23º) - Sob o olhar de vários cristãos, o presidente Goodluck Jonathan foi elogiado, após declarar que seu governo tem de ser mais incisivo e forte contra os ataques aos cristãos que têm acontecido no país.


Segundo o presidente nigeriano, o governo deve adotar medidas urgentes para proteger a vida e as propriedades dos cristãos que vivem no norte do país.

Reagindo contra os últimos relatórios de vandalismo e queima de duas igrejas – Igreja Viva Fé e Capela da Sabedoria, ambas localizadas no estado de Borno – o presidente nacional da CAN (Conselho das Igrejas Nigerianas), pastor Ayo Oritsjafor, disse que a declaração do presidente foi reconfortante.

“Agora, deixemos os agentes de segurança demonstrarem seu estado de prontidão para acabar com a ameaça terrorista que o país está enfrentando”, acrescentou Oritsjafor .

Ele mostrou satisfação, pois, finalmente, o governo federal está demonstrando vontade política para lidar com a tendência terrorista e os ataques sectários, que têm crescido no país.

Disse ele: “Temos interesse na unidade nacional, na paz e no progresso, tanto que a igreja impede que os jovens cristãos peguem em armas para ir contra os fundamentalistas islâmicos no norte do país, mas tornou-se óbvio que é necessário algo decisivo para deter o terror. Por quanto tempo vamos continuar assim, em um período em que o Governo Federal está fazendo esforços frenéticos para nossa economia crescer e se tornar uma das vinte melhores em 2020?”

“O presidente deve se preocupar agora com o monstro chamado terrorismo que está se instalando no país, porque no ritmo em que estamos, com crimes violentos, especialmente na parte norte do país, isso não é mais aceitável”, disse Ayo.




Fonte: Persecution

05 setembro, 2011

Governo cria lei a favor dos cristãos do país



TURQUIA (30º) - O governo turco fez uma reviravolta histórica na política do Estado nesse fim de semana passado, emitindo um decreto oficial em que os cristãos da Turquia e as comunidades judaicas a reclamar suas propriedades confiscadas.

O decreto de sábado vem 75 anos depois de o governo turco ter apreendido centenas de terrenos e edifícios de propriedade de comunidades cristãs.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou a decisão na noite desse domingo em Istambul, marcando um grande encontro com os não-muçulmanos e líderes religiosos. Eles foram convidados a participar da quebra do jejum no último dia do Ramadã.

Reconhecendo as injustiças sofridas no passado pelos diferentes grupos religiosos, ele prometeu: “Aqueles dias já acabaram. Em nosso país, nenhum cidadão é melhor do que outro.”

Em esclarecimento deliberado, o turco Ahmet Davutoglu, ministro das Relações Exteriores, ressaltou que a decisão formal do governo não foi uma gestão dirigida às minorias, mas o retorno dos direitos dos cristãos de ser legalmente iguais aos outros.

O decreto é um passo significativo para eliminar décadas de práticas desleais impostas pelo Estado turco contra os seus cidadãos não-muçulmanos.

Poucas horas depois do anúncio-surpresa, os conselhos das minorias religiosas começaram a rever a condição de suas propriedades confiscadas. As novas leis devem ser aplicadas dentro dos próximos 12 meses.

As propriedades incluem escolas, igrejas, cemitérios, lojas, hospitais, orfanatos, casas, edifícios de apartamentos e fábricas que foram apreendidas pelo Estado turco e registradas como propriedades públicas ou de fundações. A decisão de 1974 ainda havia proibido as comunidades não-muçulmanas de adquirir qualquer propriedade nova.

O novo decreto estabelece que os proprietários dos imóveis confiscados pelo Estado serão reembolsados com o valor do mercado. Segundo a mídia turca, o Ministério das Finanças irá determinar a compensação para as propriedades que foram vendidas a terceiros.



Tradução: Lucas Gregório 


03 setembro, 2011

Classificação de países por perseguição


Os países em que há mais perseguição aos cristãos
 
 
Classificação de países por perseguição é uma lista na qual os países são classificados segundo o grau de intolerância para com o cristianismo. Seu objetivo é informar a reação dos países ao evangelho e acompanhar aqueles em que a perseguição está se tornando mais intensa.
Faça aqui o download do mapa
OS DEZ MAISCOMO É FORMADAPERFIL DE PAÍSES
 
Classificação publicada em Janeiro 2011
Classificação de países por perseguição
2011
 PaísNotaIncerteza
1Coreia do Norte90,50
2Irã67,50
3Afeganistão661,5
4Arábia Saudita64,52
5Somália641
6Maldivas630
7Iêmen602
8Iraque58,50
9Uzbequistão57,50
10Laos560
11Paquistão550
12Eritreia553,5
13Mauritânia53,50
14Butão53,50
15Turcomenistão51,50
16China48,50
17Catar48,50
18Vietnã480
19Egito47,50
20Chechênia470
21Comores46,50
22Argélia450
23Nigéria (norte)442
24Azerbaijão43,50
25Líbia410
26Omã411
27Mianmar400
28Kueit406
29Brunei39,51,5
30Turquia39,52
31Marrocos39,50
32Índia390
33Tadjiquistão380
34Emirados Árabes Unidos37,52
35Sudão (Norte)370
36Zanzibar (ilha da Tanzânia)360
37Tunísia350
38Síria34,50
39Djibuti33,50
40Jordânia33,50
41Cuba33,50
42Belarus323
43Etiópia300
44Palestina29,51,5
45Barein28,51,5
46Quirguistão28,50
47Bangladesh27,50
48Indonésia26,50
49Sri Lanka260
50Malásia22,50
50Rússia22,50
 
  Perseguição severa
  Opressão
  Limitações severas
  Algumas limitações
  Alguns problemas


As colunas da Classificação
• A 1ª coluna apresenta a posição do país na lista. O país em primeiro lugar é aquele cuja situação é pior em termos de perseguição religiosa.
• A  apresenta o nome do país ou região.
• A  traz a nota final obtida no questionário mais recente.
• A coluna 'Incerteza' mostra o grau de falta de informação precisa sobre o lugar. Se uma questão é respondida pela opção "Não se sabe/Nenhuma informação disponível", o número máximo de pontos possíveis é atribuído a tal pergunta. Quanto mais pontos, menor a certeza. Isso também significa que a nota somada aos pontos de incerteza é o pior cenário possível para tal país.
Veja a CLASSIFICAÇÃO 2010
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URGENTE: Pastor chinês Zhang Rong Liang é liberto da prisão



CHINA (16º) - Na noite do dia 31 de agosto, após 7 anos e meio preso, o pastor Zhang foi libertado da prisão em Kaifeng.

Aprisionado desde dezembro de 2004, pastor Zhang da Igreja China para Cristo havia sido detido cinco vezes antes e passou 12 anos no total na prisão. Ele tinha muitas doenças crônicas, pois havia sofrido um acidente vascular cerebral em 2007 enquanto cumpria sua última sentença .

Pastor da igreja doméstica por 30 anos, Zhang foi preso em 1974 e passou sete anos no campo de trabalhos forçados em Hua Xi, acusado pelas autoridades pelo crime de “contra-revolucionário, sob pretexto de religião.”

Pastor Zhang é grato ao Senhor e a todos aqueles que se uniram em oração pela situação dele. Agora ele quer viajar para uma cidade litorânea com um membro de sua família. “Preciso de um tempo de tranquilidade para descansar em Deus e buscar Sua vontade para o futuro do ministério”, afirmou.

Mesmo após a libertação do pastor, é incerto se os funcionários do governo ainda estão o mantendo sob vigilância.

Ore pela vida do pastor Zhang, agradeça a Deus pela sua libertação da prisão após tantos anos e para que Deus direcione sua vida segundo Seus propósitos.

Tradução: Portas Abertas


Fonte: Portas Abertas

01 setembro, 2011

Cristianismo continua crescendo no país


BUTÃO (14º) - Há informações conflitantes sobre mudanças no clima espiritual no Butão, que está no 14º lugar no ranking da lista mundial da Portas Abertas. A lista é uma compilação dos 50 países onde a perseguição aos cristãos é mais severa. Neste caso, é uma fé em particular que está sendo atingida.    


Embora a constituição do Butão estabeleça que o budismo seja a “herança espiritual” do país, Lee Young, do Palavras de Esperança, diz: “É um dos poucos países no mundo onde se diz que não há mesquitas, templos hindus, igrejas cristãs ou sinagogas judaicas abertas”.

Por outro lado, depois de 100 anos de governo de monarquia absoluta, as primeiras eleições aconteceram em 2008 e o Butão emergiu como democracia parlamentar. 

Agora, o governo exige uma licença para a construção de prédios religiosos, o que parece ser uma dica de que esses prédios serão aprovados. Alguns órgãos de defesa e direitos da liberdade religiosa alegam que essas licenças são uma maneira de ocultar a realidade, fortalecendo a ideia de que o cristianismo não ainda estaria na “lista negra”.

Young concorda: “Embora seja tecnicamente ilegal ser um cristão abertamente, o número de cristãos no Butão está claramente crescendo e eles estão se reunindo secretamente nas casas dos companheiros”.

A Compass Direct News emitiu um relatório, no começo do ano, que indica possibilidades de mudanças. Young explica que "alguns acreditam que o governo pode estar bem perto - talvez no final do ano - de oficialmente reconhecer um grupo cristão. Isso seria um marco no governo do Butão e o país faria uma declaração aberta, para que o cristianismo fosse permitido”.

Ao mesmo tempo, o movimento nesse sentido pode ficar parado por seis meses. Entretanto parece que alguns movimentos em direção à liberdade, como o evangelismo, ainda são proibidos no país.  É onde o rádio entra. O rádio tem tido um papel significativo em fazer a presença do cristianismo no Butão ser sentida, pois o país está fechado para atividades cristãs por todos os lados.

Falado em dzongkha, a língua oficial do Butão, um programa de 15 minutos acontece três dias por semana, incluindo tópicos sobre saúde e música, além de uma mensagem cristã. O programa não apenas encoraja os cristãos, mas também leva mensagens aos que estão buscando respostas.

Eles estão respondendo também, embora Young note que, “com um futuro previsível, os butaneses que se tornam cristãos têm tido a tendência de se manter discretos.”

O que é estimulante é que "pessoas abertamente acreditam que o governo está bem ciente dessas casas onde tem havido encontros cristãos e escolheu não interferir, nem tentar impedir a atividade deles”, diz Young. 

Embora a  atmosfera pareça mais livre, Young diz que "a questão do evangelismo ainda é uma questão delicada."


Tradução: Luciana Azevedo


Fonte: Persecucion iglesia